Há centenas de freguesias no Interior sem caixas Multibanco
07-NOV-2022

Há centenas aldeias e vilas do interior do país onde é necessário usar carrinhas para que os residentes tenham acesso a uma máquina multibanco, denunciou esta segunda-feira a Associação Nacional de Freguesias (Anafre), que exigiu serviços bancários disponíveis em todo o território. “Há frequesias a pgar mensalidades de 200 e 250 euros para terem lá multibanco”, acusou Jorge Veloso, líder do organismo, que reivindicou a instalação em todas as freguesias de terminais da Caixa Geral de Depósitos, cumprindo a “sua função como banco público”.
Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), até dezembro de 2021 houve um aumento do número de terminais a nível nacional, de 12.055 (2020) e 12.486 (2021). No entanto, os dados estão disponíveis a nível do concelho – por exemplo, garantiu o ‘Jornal de Notícias’, municípios como Freixo Espada à Cinta, Castanheira de Pêra, Sardoal, Manteigas e Barrancos têm apenas três terminais para servir todo o território.
A SIBS, responsável pela maioria dos terminais em Portugal, revelou que houve uma diminuição de 1,2% entre 2020 e 2021, para 11.911: o número de equipamentos aumentou em apenas 9 distritos.
Em S. Vicente da Beira (Castelo Branco), a CDG retirou mesmo o terminal devido à reclamação da população com a constante inoperacionalidade do mesmo. “Tentámos resolver, até porque o multibanco estava num edifício devoluto da CGD. Oferecemos um espaço na junta e 500 euros para mudarem o ATM, não adiantou. Nem sendo um banco público se prestou a manter um serviço fundamental para as populações”, lamentou João Goulão, presidente da junta de freguesia. A solução? Uma carrinha que, às 2ª e 5ª feiras, entre as 9 e as 12 horas, leva os residentes ao terminal mais próximo que se situa a 12 quilómetros de distância. O seguinte mais próximo já dista 26 quilómetros.
Fonte_MultiNEWS